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domingo, 31 de julho de 2016

SÃO PAULO - MANIFESTAÇÕES CONTRA DILMA E O PT

16/08/2015 11h38 - Atualizado em 16/08/2015 19h44

Manifestação contra governo federal fecha a Avenida Paulista

Dois sentidos foram bloqueados da Praça Oswaldo Cruz até a Consolação.
PM diz que cerca de 350 mil pessoas estiveram no protesto deste domingo.

Do G1 São Paulo
A manifestação contra o governo federal, que aconteceu neste domingo (16) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, fechou a via durante a tarde. A Polícia Militar diz que cerca de 350 mil pessoas estiveram no protesto e o horário de maior concentração foi por volta das 16h. O Instituto Datafolha calculou o público em 135 mil pessoas ao longo do dia. Cinco grupos organizadores estimaram o publico entre 900 mil e 1,5 milhão de pessoas. Um desses grupos, o Vem Pra Rua, estimou em 1 milhão.

Na manifestação de março, a PM estimou o público na Avenida Paulista em 1 milhão de pessoas. Em abril, o número de participantes, segundo a corporação, foi de 275 mil pessoas (veja mapa com números de todos os protestos).

Manifestantes que foram à Paulista neste domingo seguravam faixas e cartazes para protestar contra a presidente Dilma Rousseff. Muitos vestiram camisas verde e amarela e levaram bandeiras, cães e crianças. Um grupo pedia a intervenção militar no governo. A concentração começou por volta de 10h, com maior participação entre 13h e 17h, quando as pessoas começaram a dissipar.
(O G1 acompanhou a manifestação em tempo real, com fotos e vídeos)
As primeiras faixas bloqueadas foram as sentido Consolação, por volta das 11h30. Quinze minutos depois também foi fechado o sentido Paraíso. Por volta das 15h35, os manifestantes ocupavam 10 quarteirões da avenida, que tinha nove carros de som.
Os veículos que trafegavam na região precisavam usar vias próximas para desviar do trecho interditado. Também na Paulista, um grupo de motociclistas participa do protesto.
A avenida ficou completamente tomada pela manifestação por volta de 14h, quando os manifestantes circulavam a partir da Consolação até a Praça Oswaldo Cruz. A dispersão começou por volta das 17h e, às 18h30, os agentes de trânsito iniciaram a liberação da avenida para os veículos.
Com bandeiras, faixas e cartazes, muitos pediam a saída da presidente Dilma Rousseff. Outro cartaz destacava o trabalho do juiz federal Sérgio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava Jato. A PM disse que 1,8 mil policiais foram deslocados para garantir a segurança dos manifestantes. A corporação registrou dois furtos de celular.
Enquanto isso, no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, manifestantes pró-governo faziam um ato de apoio a Dilma Rousseff e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em frente à sede do Instituto Lula.
SÃO PAULO - Manifestante exibe faixa em apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)Manifestante exibe faixa em apoio ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)
Manifestantes e curiosos interromperam os protestos por volta das 15h15 para observar o ato da modelo e socialite Ju Isen em frente ao Masp, na Avenida Paulista. Ela fez um topless durante o protesto contra o governo. "É melhor tirar a blusa do que tirar o dinheiro do povo", disse Ju. A modelo já havia tirado a roupa nas manifestações anteriores.
"Estou aqui hoje porque foi aqui que tudo começou. Foi aqui que protestei pela primeira vez. Não tinha motivo de fazer isso em outro lugar", afirmou Ju Isen.
SÃO PAULO: A modelo Ju Isen tira a roupa em frente ao Masp durante a manifestação contra o governo na Avenida Paulista. Ela já tinha feito isto nos atos anteriores. (Foto: Isabela Leite/G1)A modelo Ju Isen tira a roupa em frente ao Masp durante a manifestação contra o governo na Avenida Paulista. Ela já tinha feito isto nos atos anteriores. (Foto: Isabela Leite/G1)
Manifestantes tiram foto com policiais do Choque durante ato na Avenida Paulista (Foto: Fabio Tito/G1)Manifestantes tiram foto com policiais do Choque durante ato na Avenida Paulista (Foto: Fabio Tito/G1)
Manifestantes
A viúva Ilda Barreto Barba, de 70 anos, “fugiu” da família para ir ao protesto na Avenida Paulista neste domingo. Ela não contou ao filho, à nora e às netas que estaria na manifestação contra o governo. “Saí escondido, fugi”, afirmou ela, que carregava um cartaz reclamando de um desconto de 50% na em sua pensão.

O morador de rua Felipe dos Santos participa da segunda manifestação na Avenida Paulista. “Não está legal [a situação do país], aqui na frente tem uma banca de jornal, a gente passa e dá uma olhada nas capas. A gente está em uma situação ruim, mas somos brasileiros do mesmo jeito”, contou sobre os motivos que o levaram a protestar.

O ator Alexandre Frota esteve no protesto. "O brasileiro está cansado dessa roubalheira. Essa é a hora de mostrar que a gente não suporta mais. Acho que a Dilma não cai, mas ela pode desistir no meio do caminho", afirmou. Durante a manifestação, algumas pessoas tiraram fotos com integrantes da Polícia Militar.
Entre os políticos, o senador José Serra (PSDB-SP) chegou à Avenida Paulista por volta de 16h e tirou fotos com manifestantes. "Vim como paulistano, como cidadão de São Paulo. Vim como José", disse Serra. "As pessoas protestam, estão impacientes, mas fazem isso e maneira pacífica e até alegre." Eduardo Jorge, que disputou as eleições presidenciais pelo PV, também foi ao protesto.
Veja abaixo vídeos com depoimentos de alguns dos manifestantes na Paulista:
SÃO PAULO - Manifestante exibe faixa com os dizeres 'Fora PT' durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)Manifestante exibe faixa com os dizeres 'Fora PT' durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)
SÃO PAULO - Manifestantes exibem cartazes com foto do ex-presidente Lula durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)Manifestantes exibem cartazes com foto do ex-presidente Lula durante protesto na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)
SÃO PAULO - Multidão participa de protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)Multidão participa de protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)
Eduardo Jorge participa de manifestação na Avenida Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1)Eduardo Jorge participa de manifestação na Avenida Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1)

SÃO PAULO: O senador José Serra participa do protesto contra o governo na Avenida Paulista (Foto: Caio Prestes/TV Globo)O senador José Serra participa do protesto contra o governo na Avenida Paulista (Foto: Caio Prestes/TV Globo)
SÃO PAULO: O ator Alexandre Frota participa de protesto na Avenida Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1)SÃO PAULO: O ator Alexandre Frota participa de protesto na Avenida Paulista (Foto: Glauco Araújo/G1)
SÃO PAULO - Manifestantes estendem faixa verde e amarela com os dizeres 'Intervenção Já!' durante protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista (Foto: Miguel Schincariol/AFP)SÃO PAULO - Manifestantes estendem faixa verde e amarela com os dizeres 'Intervenção Já!' durante protesto contra a presidente Dilma Rousseff na Avenida Paulista (Foto: Miguel Schincariol/AFP)
SÃO PAULO: Na Avenida Paulista, os manifestantes abrem uma grande bandeira e começam a cantar o Hino Nacional. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)SÃO PAULO: Na Avenida Paulista, os manifestantes abrem uma grande bandeira e começam a cantar o Hino Nacional. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
Cachorros na manifestação da Avenida Paulista neste domingo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)Cachorros na manifestação da Avenida Paulista neste domingo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
Manifestação em frente ao Masp, na Avenida Paulista (Foto: Isabela Leite/G1)Manifestação em frente ao Masp, na Avenida Paulista (Foto: Isabela Leite/G1)
Manifestantes na Avenida Paulista seguram cartaz anti-socialismo durante ato deste domingo (16) (Foto: AFP PHOTO/NELSON ALMEIDA)Manifestantes na Avenida Paulista seguram cartaz anti-socialismo durante ato deste domingo (16) (Foto: AFP PHOTO/NELSON ALMEIDA)
Bandeira é estendida na Avenida Paulista durante os protestos deste domingo (Foto: Isabela Leite/G1)Bandeira é estendida na Avenida Paulista durante os protestos deste domingo (Foto: Isabela Leite/G1)
SÃO PAULO: Na Avenida PAulista, manifestantes exibem cartazes pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Na Avenida Paulista, manifestantes exibem cartazes pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
SÃO PAULO: Um grupo de manifestantes exibe faixa pedindo intervenção constitucional na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Um grupo de manifestantes exibe faixa pedindo intervenção constitucional na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
SÃO PAULO: Manifestantes protestam na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Manifestantes protestam na Avenida Paulista (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
SÃO PAULO: Os manifestantes bloqueiam agora os dois sentidos da Avenida Paulista na altura do Masp. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Os manifestantes bloqueiam agora os dois sentidos da Avenida Paulista na altura do Masp. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)
SÃO PAULO: Motoristas que seguiam pela Avenida Paulista desviam o caminho por causa de bloqueio de manifestantes em frente ao Masp. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)Motoristas que seguiam pela Avenida Paulista desviam o caminho por causa de bloqueio de manifestantes em frente ao Masp. (Foto: Gabriela Gonçalves/G1)

PARANÁ - PROTESTOS CONTRA DILMA E O PT


16/08/2015 14h25 - Atualizado em 16/08/2015 18h23

Paranaenses se unem e protestam 

contra o governo em várias cidades

Em Curitiba, protestos começaram às 14h e reuniram 60 mil pessoas. 
Manifestantes demonstram descontentamento com a presidente Dilma.


Manifestantes protestam em Curitiba  (Foto: Fernanda Fraga / RPC )Milhares de manifestantes protestam em Curitiba (Foto: Fernanda Fraga / RPC )
Manifestantes de várias cidades paranaenses participam dos protestos contra o governo desde o início da manhã deste domingo (16). Em Curitiba, as manifestações começaram às 14h na Praça Santos Andrade, no Centro. De lá, o grupo seguiu para a Boca Maldita, também na região central, e encerrou as manifestações por volta das 17h. A expectativa dos organizadores é de que 60 mil pessoas participaram. A Polícia Militar (PM) informou o mesmo número. Não houve registros de tumultos.
Muitos manifestantes demonstraram o descontentamento em relação ao governo e a presidente Dilma Rousseff (PT). Muitos ainda citaram frases de apoio a Operação Lava Jato e ao juiz federal Sérgio Moro.
Interior
Nas cidades do interior, a manifestação nacional contra a corrupção também reuniu milhares de pessoas em Umuarama, Paranavaí, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Francisco Beltrão, Maringá e Cianorte.
Em Foz, os manifestantes se concentraram em frente ao Colégio Estadual Bartolomeu Mitre, por volta das 9h, e, em seguida, fizeram uma caminhada pelas ruas centrais. A maioria dos participantes vestiu verde e amarelo e carregou cartazes pedindo a saída da presidente Dilma. Segundo a PM, havia 1,5 mil participantes, enquanto que a organização do evento estimou 1,3 mil manifestantes.
Na fronteira, a manifestação teve ainda o apoio dos servidores da Justiça Federal, em greve há mais de 80 dias. “Estamos aqui para manifestar a nossa posição contra o sucateamento do Poder Judiciário, situação que favorece a impunidade e a corrupção que se instalou no nosso Brasil”, comentou a analista judiciária federal, Vanessa de Oliveira.
Segundo a Guarda Municipal de Umuarama, o protesto que se estendeu por cerca de meia hora reuniu cerca de 200 pessoas na Praça Miguel Rossafa. Já a organização calculou entre 300 e 400 participantes.
Já em Paranavaí, a passeata também exigiu o fim da corrupção e o impeachment da presidente Dilma. Os manifestantes se concentraram em frente à prefeitura com faixas e cartazes. Segundo a Polícia Militar (PM), o movimento contou com cerca de 50 pessoas. Os organizadores do protesto, por sua vez, calcularam 300 pessoas.
Em Cianorte, também no noroeste, a organização da manifestação e a Polícia Militar contabilizaram 350 pessoas. A concentração que teve início pouco depois das 16h foi na Praça João XXIII, de onde o grupo seguiu pela Avenida Souza Naves em apoio à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, e contra a corrupção no governo.
Por volta das 15h, manifestantes se reuniram na praça da Catedral da Igreja Católica em Cascavel, no oeste do Paraná. A maioria vestindo verde e amarelo acompanhou os discursos contra o Partido dos Trabalhadores, a presidente Dilma Rousseff e a corrupção no país. Houve ainda elogios ao juiz Sérgio Moro, responsável pelo julgamento dos investigados pela Operação Lava Jato. Segundo a organização, cerca de 3 mil pessoas participaram do ato. A PM calcula apenas 400.
Também à tarde, dezenas de pessoas se reuniram no Centro de Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, para se manifestar contra o governo petista, do ex-presidente Lula e da presidente Dilma, e a corrupção. Os organizadores ainda recolheram assinaturas para um abaixo-assinado cobrando a redução dos salários dos vereadores dos atuais R$ 5,2 mil para R$ 1,2 mil. A organização estima a participação de 200 pessoas no protesto. A Polícia Militar não informou a quantidade de pessoas que estiveram na manifestação.
Em Londrina, na região norte, manifestantes se vestiram de verde e amarelo e protestaram com faixas e cartazes. A PM estima em 20 mil o número de participantes. Já os organizadores calcularam 65 mil pessoas no ato na tarde deste domingo. Em Maringá, também na região norte, tanto a PM quanto os organizadores também calcularam a participação de 20 mil pessoas.
Na região central do estado, os manifestantes se reuniram na Praça Cleve, em Guarapuava. O grupo começou o protesto por volta das 16h30 e seguiu em passeata até a Rua Saldanha Marinho, também no Centro. Segundo os organizadores, eram 900 pessoas. De acordo com a PM, 150.
Já em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do estado, os manifestantes se concentraram no Parque Ambiental Governador Manoel Ribas, entre as 15h e 17h30. Conforme a organização, três mil pessoas participaram do ato, enquanto que a PM calculou 800 pessoas.
Em Francisco Beltrão, organizadores colheram assinaturas para um abaixo-assinado exigindo a redução dos salários dos vereadores dos atuais R$ 5,2, mil para R$ 1,2 mil (Foto: Michelli Arenza / RPC)Em Francisco Beltrão, organizadores colheram assinaturas para um abaixo-assinado exigindo a redução dos salários dos vereadores dos atuais R$ 5,2, mil para R$ 1,2 mil (Foto: Michelli Arenza / RPC)
Em Foz do Iguaçu, manifestantes fizeram uma passeata pelo Centro da cidade. (Foto: Claodemir Balotin / Arquivo pessoal)Em Foz do Iguaçu, manifestantes fizeram uma passeata pelo Centro da cidade. (Foto: Claodemir Balotin / Arquivo pessoal)
Milhares de manifestantes protestam em Curitiba  (Foto: Giuliano Gomes / Agência Press)Em Curitiba, grupo se reúne na Praça Santos Andrade (Foto: Giuliano Gomes / Agência Press)
Manifestantes protestam contra o governo federal, em Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/ PRPRESS)Manifestantes protestam contra o governo federal, em Curitiba (Foto: Giuliano Gomes/ PRPRESS)


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TESTEMUNHO DE JONADABE SANTOS RIOS - EX-PROTESTANTE


Testemunho de Jonadabe Santos Rios – ex-protestante


Meu nome é Jonadabe Santos Rios tenho 20 anos. Sou de Feira de Santana/BA, e nasci em uma família protestante. Todos, seja por parte de minha mãe e de meu Pai, são protestantes. Meu Pai é pastor da Igreja Missionária Quadrangular, da qual fundou várias na Bahia. Outros tios são de um “ramo” da Batista, e da Quadrangular (Igreja do Evangelho Quadrangular). É claro que ambos não concordam doutrinariamente entre si, como deve ser a Igreja, só concordam que eu devo estar equivocado. Bom, o melhor é que eles entrem em algum consenso antes de me dizerem que estou equivocado e tentem me fazer voltar à babel teológica que é o Protestantismo.

Quero contar uma parábola que reflete o que aconteceu e está acontecendo com a Igreja de Cristo. É a estória de um Rei Eterno que decidiu edificar um belo castelo para sua morada e de sua família, que seria qualquer um que o amasse e decidisse viver com ele. De forma que quem morasse em seu edifício, no tempo determinado por esse Rei Eterno, também viveria com suas palavras de vida eterna.
Ele edificou a pedra fundamental, as colunas e todas as partes do castelo. Da ponte às janelas; do quarto ao banheiro. Todas as partes eram necessárias para formar um castelo segundo sua vontade. Esse Rei teve que viajar, mas instituiu servos para o representar, cada um com uma função, e um líder geral de sua confiança para que eles andassem sempre unidos.  A prometida vida seria vivida de uma vez por todas assim que voltasse.
O Rei demorou em sua viagem, de forma que com o passar do tempo seu castelo tornou-se sujo, até mesmo alguns lideres gerais cometeram certos erros. Mas o castelo não estava abandonado, pois hora ou outra apareciam moradores zelosos. Estes o pintavam e concertavam lugares danificados.
Todos eles recitavam os ensinos do Rei no seu dia a dia de forma oral. Os professores ensinavam aos alunos utilizando também alguns livros, pois eles eram úteis. Esses livros não eram suficientes pra explicar tudo, já que sempre surgem falsas interpretações de leitores desavisados. Por isso o ensino instituído pelo Rei era feito por pessoas autorizadas, que inclusive fizeram uma lista dos livros científicos. Isso eles chamavam de tradição real.
Passados centenas de anos, começaram a surgir moradores que diziam entender de construção e do verdadeiro conhecimento real.  Segundo eles, o castelo não deveria ter janelas daquela forma, e a cor não combinava com uma realeza. “A porta está muito estreita”, afirmavam alguns. “Pra que tantas colunas?”, perguntavam outros. Nem mesmo os livros da biblioteca desse Rei, incluindo os livros científicos, feitas por escritores que o presenciaram, foram respeitados. Eles alegavam entender mais do que os próprios lideres instituídos pelo Rei! Acontece que, por obra do inimigo do rei, cada um se intitulou um reformador da casa (mas na verdade agiam na maioria das vezes como deformadores).

“Não combina com a realeza!”, era seu brado. “Vamos reformar a casa, assim que o Rei voltar, vai ver que fizemos a sua vontade”, “destruiremos estes fundamentos de falsos construtores e instituiremos os nossos próprios e verdadeiros fundamentos”. Mas eles não quiseram reformá-la da mesma forma que os outros servos zelosos. Eles desejaram um castelo segundo suas vontades. Pegaram machados e marretas; bombas e pedras. Tentavam demolir o castelo, mesmo discordando um do outro.
Um aceitava a janela, pois não gostava da luz do sol que batia na sala, por isso a apedrejou. Outro concordava que deveria ter janelas, para deixar o ar arejado. Mas todos concordavam que deveriam reconstruir a casa e destituir o líder instituído pelo Rei. Cada um deveria ser seu próprio líder. O problema é que cada um tentava fazer tudo segundo a sua própria vontade, por meio de divisões e mais divisões de grupos de reformadores.

Acabou que cada reformador decidiu montar seu barraco ou castelo de areia, e boa parte deles eram fora dos limites do castelo. Começou a surgir, então, vários conjuntos de barracos e castelos de areia, um do lado do outro, alguns isolados de tudo. Tinham até os sem telhado! Ou os sem barraco, pois concluíram que só seu corpo basta, e seu corpo é o castelo (ignorando todo o fundamento posto pelo Rei). Esses gostavam sempre de criar discussões para provar que fazer discussões sobre o que o Rei disse ou não é infantil, instituindo que o Rei não havia instituído nada além o que eles instituem. Assim, tentavam provar que não importa provar nada. Tinha alguns barracos  dentro dos limites do castelo (afinal, até mesmo na Babilônia existem os exilados de Israel). Mas todos estes foram enganados por alguns reformadores enganados por outros que foram enganados pelo inimigo do Rei, um rei de outra província chamado Narciso. Interessante é que depois de chamar o Castelo como uma casa do demônio, cada mini construtor desses barracos, castelos de areia ou peregrinos sem casa, começou a chamar um ao outro de seguidor do demônio. Destruída as bases do castelo, de fato qualquer um poderia dizer isso e encontrar alguma forma para se justificar.

Muitos moradores do castelo foram convencidos pelos barraqueiros entrar no conjunto de barracas. Mas sempre existiam os que voltavam para seu verdadeiro lar: o Castelo Real. Mas os verdadeiros moradores zelosos, construtores autorizados de fato pelo Rei, trataram de concertar o estrago feito pelos autointitulados reformadores. Alguns eram sinceros, mas sinceramente enganados.
O Rei ainda não voltou, entretanto o castelo real continua de pé e segundo a vontade do Rei. Mesmo com algumas falhas na pintura, mas sempre repintada da cor original nas partes falhas. Este castelo continua firme e forte, afinal, o próprio Rei Eterno prometeu que estaria com eles até a consumação do século e que as investidas dos bárbaros não prevaleceriam contra seu castelo. Infelizmente ainda há os que se alimentam dos mitos criados em relação ao castelo. Os mesmos acabam perdendo os tesouros dados de graça pelo Rei.
Seus moradores zelosos continuam a trabalhar, principalmente trazendo de volta estas pessoas enganadas. Cada vez mais os filhos do Rei Eterno voltam pra casa, ora avaliando seus próprios erros de construção, ora sendo convencidos por outros. Ambos esperam a volta do Rei e a revelação geral do seu reino.
A Igreja, assim como o castelo, continua firme, mesmo com as tempestades e pedradas, pois, como nosso Rei Eterno Jesus prometeu as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja (cf. Mt 16,18). A Santa e Una Igreja Católica. Os mitos devem ser desfeitos, e os fundamentos reais reafirmados. Que o Rei envie cada vez mais trabalhadores zelosos para sua obra.
Mas por que me tornei católico? Uma das várias razões que me fez deixar o protestantismo é que suas bases não fazem sentido em si mesmas sem a tradição da Igreja. Além disso, observando as doutrinas católicas, vi que são mais bíblicas que algumas doutrinas protestantes. Se é que podemos dizer “algumas” desses vários ramos do protestantismo que surgem a cada dia com uma novidade primitiva. Se é ainda, que algo pode ser chamado de novidade (como uma nova revelação) e ao mesmo tempo ser primitiva!
Isso se deu principalmente quando comecei a estudar a igreja primitiva e a doutrina católica bem como a sua história, e percebi, assim como vários ex-protestantes, que os primeiros cristãos eram mais católicos que protestantes, também que as pessoas criaram vários mitos em relação ao catolicismo. Os mesmos mitos direcionados ao Castelo Real. Assim como o Castelo, a Igreja não foi modificada posteriormente por homens que queriam que os outros acreditassem em suas doutrinas humanas. Houve sim um desenvolvimento na forma de compreender as mensagens de Jesus, dos apóstolos e dos cristãos primitivos. Não um desenvolvimento no sentido de que algo diferente e até mesmo contraditório era acrescentado, mas um desenvolvimento na medida em que os cristãos começavam a meditar no depósito da fé, na Tradição e Escrituras, guiados pelo Espírito Santo, conforme Jesus prometera. Ao contrário do mito inventado por alguns supostos reformadores, nem o Castelo nem a Igreja escondiam os livros sagrados, ou proibiam a leitura de sua biblioteca. Na verdade foram ambos que preservaram seus livros, além de que, por meio de pessoas autorizadas, pois sucederam as colunas do Castelo e da Igreja e foram guiados pelo Espírito, que sabemos quais são os livros que de fato revelam a vontade do Rei. Da mesma forma que os moradores do castelo, os católicos adoram somente a seu Deus, mas, como foram ensinados desde o principio, prestam honras aos que seguiram de forma exemplar os mandamentos de seu Mestre.
Não pretendo fazer aqui nesse testemunho uma analise dos pontos principais que me fizeram católico. Quero é convidar as pessoas sinceras, principalmente protestantes, a buscarem a verdade a respeito da Igreja Católica. É certo que várias pessoas preferem criticar a Igreja com coisas simplesmente ridículas, como o uso de crucifixos (sim, ainda tem gente que critica isso!), mas só o fato de estar lendo esse texto, caso não seja católico, já indica disposição em examinar as evidências católicas.
Sobre a reforma protestante, penso que houve pouca comunicação de ambas as partes. Se hoje, com todos os meios de comunicação disponíveis, ainda há mitos alimentados e falta de comunicação, e até mesmo desonestidade por parte de alguns, imagine quando a imprensa nascia? Hoje, graças a Deus, vários desses mitos estão sendo desfeitos, não só mitos em relação a Igreja, mas de “reformadores” que foram transformados em mitos, em príncipes da liberdade de expressão e religiosa, quando na verdade não foram. Interessante é que as catacumbas de Roma, que nos dão inúmeras e fortes evidencias da crença primitiva (principalmente das contrárias ao ensino protestante) foram redescobertas em uma época muito próxima em que as controvérsias protestantes estavam em alta. Suspeito uma providência Divina nessa redescoberta. Será o Rei Eterno dando sinais de sua presença invisível?
G. K. Chesterton
Nunca imaginaria que iria encontrar a ortodoxia na Igreja Católica. Como certa vez disse G. K. Chesterton, “Tentei criar uma nova heresia; mas, quando já lhe aplicava os últimos remates, descobri que era apenas a ortodoxia.”. O mesmo bem afirmou que para se conhecer de fato o cristianismo ou tem que estar totalmente dentro dele, de forma que o conheça, ou totalmente fora a ponto de não odiar. Como uma casa que, se ficarem somente na entrada não se conhecerá a beleza vista de fora nem as maravilhas internas. Deve-se ou entrar dentro da casa, ou sair totalmente fora dela para vê-la por completo. A mesma coisa se pode dizer sobre a Igreja Católica.
No mesmo livro (O Homem Eterno), esse grande católico afirmou uma verdade que se vê em toda a história da Igreja: quando se pensa que a Igreja morreu, aí é que ela nasce de novo, isso porque tem um Deus que sabe morrer e voltar a vida. Quando Jesus morreu, todos pensaram que o seu movimento havia cessado, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário. Seus discípulos pregavam que o Cristo havia ressuscitado dos mortos. E quando os imperadores pensavam que iriam destruir a Igreja do Senhor cortando seu corpo em pedaços, aí é que ela revivia e se revigorava a cada mártir que tinha seu corpo queimado, esquartejado ou jogado às feras. Ou, a exemplo de Chesterton, no tempo em que o imperador, filho de Constantino, desejava que a Igreja acreditasse na nova moda que era o arianismo, mas a crença de que Jesus é o Filho Eterno de Deus tornou-se novamente viva entre o povo por causa dos que mantinham essa chama acesa. Depois da reforma pensou-se que a Igreja, o barco que anda (mesmo que às vezes vacilante) no meio das águas mundiais com todas essas crenças divergentes, iria afundar e acabar sendo um barco entre as canoas que haviam afundado, ela continua firme e forte com o Vigário de Cristo nos guiando pela ajuda do Cristo que ainda não está presente de forma física. Hoje com muitos dos ditos católicos agindo como se não o fossem, ainda há um povo guiado por Jesus Cristo sendo levantado. Muitos estão gritando que a Igreja está morta, assim como seu Cristo que morreu. Mal sabem que o Cristo que soube fazer essa Igreja reviver nos tempos em que parecia desfalecer, está a levantar novamente seu corpo visível.
Sou um dos que nasceram dentro dos limites do Castelo, e, por isso, sempre fui católico. Da mesma forma que vários dos que são católicos mesmo sem saber. Mas criticava o catolicismo, pois não conhecia de perto. Eu o via por partes, e só concordava com essas partes que conseguia ver por completo, as outras, que via de relance, ou que alguns que afirmavam estar lá dentro (mas que nunca estiveram de fato) me diziam, eu descartava como algo que não é da vontade do Rei e assim preferia ficar ao redor do castelo.
Mas, por vontade de conhecê-lo de fato, depois de ver o exemplo de vida de alguns irmãos Católicos, comecei a entrar pela porta, e, por curiosidade, vasculhar as salas, os quartos, quadros e relíquias. Assim pude perceber a beleza e veracidade do depósito da fé pura revelada por Jesus e repassada pelos apóstolos e seus sucessores. Acabei ficando por lá mesmo, em um quarto que já estava preparado para mim antes mesmo de pensar em entrar. Vários quartos já estão preparados.
Como qualquer cristão, ainda há várias lutas para enfrentar, principalmente agora quando meus amigos e familiares me perguntam por que agora sou católico. Há luta também dentro de casa. Como é que um pastor evangélico pode se conformar que seu filho tenha se tornado católico? Bom, tenho que agradar a Deus e não aos homens, e tenho a fé de que ele vai ser mais um a testemunhar sua ida a Igreja de Cristo.
Não sou pessimista sobre esse assunto. Jesus me “otimizou”, afinal, as portas do inferno não prevalecerão contra sua Igreja, e sinto que os tempos da Igreja estão a mudar. Cada vez mais a verdade está ficando clara com o protestantismo entrando em colapso consigo mesmo. Que todos sejam um, para que o mundo creia que nosso Senhor Jesus Cristo foi enviado pelo Pai (cf.João 17,21).

Fonte: VERITATIS SPLENDOR


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